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domingo, 2 de novembro de 2014

Nossa amiga, a disparidade econômica



No presente momento, o Congresso Nacional discute o aumento do seu próprio subsídio, via discussão do orçamento do Poder Judiciário. O solicitado pelo Judiciário é R$ 35,9 mil, mais de 20% acima dos atuais R$ 29,4 mil. O salário atual, R$29,4 mil, reprenta mais do que 40 vezes o que o salário mínimo. Normalmente o sálario do trabalhador médio tem sido sempre reajustado em correspondência à inflação oficial, que sequer mede a inflação real. Porque os mais altos salários públicos do país não deveriam seguir padrão semelhante? Todos aqueles que são favoráveis à diminuição da desigualdade de renda deveriam, por coerência lógica, ser favoráveis à tal proposta.

Ademais, qual é a moralidade de um grupo de pessoas que mede seu próprio desempenho? Qual é a moralidade de um grupo que decide sua própria remuneração? Devem os três poderes estarem sujeitos aos desejos do povo. Por que deveriam eles estar sujeitos à funcionamento diferente daquele aplicado ao restante da população? É de fato o que queremos, que um salário no Brasil consiga ser quase 50 vezes o valor do salário mínimo?

Por que não criamos um projeto de lei ou encabeçamos um referendo popular onde definimos que os reajustes do teto destas classes profissionais (as dos três poderes) sejam indexados a um critério objetivo, ao invés de ser discutido discricionariamente pelas próprias partes interessadas? Por que não, por exemplo, a um desempenho econômico condizente com o país? Por que não indexar os maximos subsídios à flutuação anual do PIB ou da inflação? Especialmente agora, onde o momento de um ajuste fiscal se aproxima.

É minha sugestão.

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